Reconheço o meu lugar

Reconheço o meu lugar
mas ainda não me reconheço
Aonde eu caibo?
deixo sangrar angustiadamente
mato quem me mata, com presteza
é o medo de me perder de novo?
vou aonde eu me permito ir
abraço quem não me impediu
O verbo que me conjuga é o caminhar
Aonde você quer ir?
quero ser quem não fui
expurgando os medos roedores
jogando pelas lágrimas os machucados
abrindo a porta da incerteza solitária
Me feri, mas cicatrizo rápido
nem tão rápido assim,
Mas a pressa não é uma alucinação
é roupa comum
o que morreu em mim?